Patologias tratadas

A Restrição de Crescimento Fetal (RCF) ocorre quando o bebê não alcança o tamanho esperado para sua idade gestacional. Essa condição pode ser classificada como precoce, quando se manifesta antes das 32 semanas de gestação, ou tardia, após esse período. A RCF não se resume a um bebê de baixo peso ao nascer, pois nem todos os bebês com RCF são pequenos para a idade gestacional (PIG), e vice-versa.

Existem duas formas principais de RCF:

  • Simétrica: O crescimento do bebê é proporcionalmente reduzido, com cabeça e corpo pequenos, geralmente associada a causas genéticas ou infecções congênitas.
  • Assimétrica: O corpo do bebê é menor em relação à cabeça, frequentemente relacionado à insuficiência placentária.

Essa condição está associada a um risco maior de complicações, incluindo hipóxia intrauterina, parto prematuro e morbidade neonatal. Em casos graves, definidos como crescimento abaixo do percentil 3, o risco de desfechos adversos aumenta significativamente, exigindo monitoramento intensivo.

Cuidados Necessários

  • Diagnóstico e Monitoramento Avançado: O diagnóstico da RCF é feito por ultrassonografia, avaliando o peso estimado e a circunferência abdominal do bebê. Exames como o doppler fetal são fundamentais para verificar o fluxo sanguíneo na placenta e identificar sinais de insuficiência placentária.
  • Investigação das Causas: A RCF pode ter origem em condições maternas, como hipertensão, diabetes gestacional ou trombofilias; em fatores fetais, como anomalias genéticas; ou em alterações placentárias. A identificação precoce dessas causas é essencial para o manejo adequado.
  • Acompanhamento Pré-Natal Intensificado: Gestantes com RCF necessitam de consultas frequentes para monitorar o crescimento do bebê e sua vitalidade. Isso inclui a avaliação do líquido amniótico, doppler e outras análises detalhadas.
  • Cuidados Clínicos e Nutricionais: A saúde materna desempenha um papel crucial no crescimento fetal. Intervenções nutricionais, controle rigoroso de condições maternas, como hipertensão, e suplementações adequadas são estratégias importantes no manejo da RCF.

O acompanhamento obstétrico especializado é determinante para garantir um desfecho seguro em casos de RCF. O momento e a via de parto são planejados com base na saúde do bebê, na idade gestacional e no grau de comprometimento identificado.

  • Parto Vaginal: Pode ser indicado quando a condição do bebê é estável e não há sinais de comprometimento grave. O trabalho de parto é monitorado de perto para garantir segurança.
  • Cesárea: Recomendada em situações em que há sofrimento fetal, insuficiência placentária grave ou outras contraindicações ao parto vaginal.

Embora a RCF apresente desafios, um manejo cuidadoso e uma equipe obstétrica experiente garantem que a mãe e o bebê passem por essa jornada com segurança e confiança. O acompanhamento técnico e humanizado oferece tranquilidade às famílias, mesmo diante de condições mais complexas.

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